Kamala Harris admite que Donald Trump pode ser descrito como fascista: "Sim, podemos afirmar isso"

Harris defende seu estilo 'roteirizado' e concorda que Trump é 'sobre o fascismo' em uma entrevista abrangente com Charlamagne tha God."

Foto: (Frederic J. Brown / AFP via Getty Images) A vice-presidente Kamala Harris ignorou as críticas de que parece "muito roteirizada" – usando seu estilo cauteloso como um emblema de honra – durante uma entrevista abrangente na terça-feira em Detroit com o apresentador de rádio Charlamagne Tha God. Kamala Harris concordou que Donald Trump é um fascista em sua declaração mais direta até agora, ao caracterizar seu oponente presidencial como um potencial autocrata que abriga visões autoritárias, caso retorne à Casa Branca. Durante uma visita de campanha em Michigan, onde está tentando conquistar os eleitores negros masculinos fundamentais para sua coalizão, Harris refutou várias vezes as alegações de que estava afastada da comunidade negra. Ela também apresentou uma forte crítica a seu rival, o ex-presidente Donald Trump, afirmando que sua campanha se baseia no medo e concordando com o apresentador de rádio ao afirmar que é "sobre fascismo". A vice-presidente dos EUA e candidata do Partido Democrata ultrapassou uma barreira psicologicamente significativa ao discutir o tema do fascismo em uma entrevista com Charlamagne Tha God, um influente apresentador de rádio que tem uma audiência predominantemente negra de 8 milhões de ouvintes mensais. A conversa aconteceu durante uma parada de campanha em Detroit, um ponto central na disputa entre os dois candidatos pelo importante estado de Michigan. “Se você decidir votar nesta eleição, terá duas opções; ou não vota, mas se optar por votar, são duas visões bem distintas para o nosso país,” afirmou Harris, avisando, como frequentemente faz, que um novo mandato de Trump “nos levaria para trás.”

No entanto, Charlamagne Tha God, co-apresentador do programa de rádio “The Breakfast Club,” incentivou a vice-presidente a se aprofundar mais na questão.

“A outra opção é sobre o fascismo,” declarou ele. “Por que não podemos apenas afirmar isso?” “Sim, podemos afirmar isso,” disse Harris.